Com o cenário da Pandemia, muitos negócios estão se reinventando. A título de exemplo: quartos de hotéis estão se transformando em quartos equipados com infraestrutura para ser escritórios e indo para o outro extremo, pijamas estão sendo desenhados para trabalhar em casa e poder fazer videoconferência sem ter de trocar de roupa (é sério!). (1)
E eu? E você que perdeu seu emprego ou não vê seu negócio voltar ao que era antes? O que você pode fazer para se reinventar?
É preciso dar tempo para algumas respostas, mas não desistir de procurá-las.
Aos 60 anos, depois de uma longa trajetória profissional e empreendedora, comecei a prestar mais atenção a um questionamento que me incomodava: como conciliar minha formação não linear com meu amplo conhecimento e meu desejo de reunir tudo isso e me reinventar em uma nova carreira?
Queria me transformar profissionalmente sem abrir mão de tudo o que já tinha aprendido, de todos os meus relacionamentos na área e de tudo que me fez ser quem eu sou;
Minha essência precisava ser preservada. Não podia ser nada muito radical, mas precisava ser inovador.
Importante mencionar que iniciei minha carreira como Bibliotecária na área da Ciência da Informação e tenho (não, tive) uma carreira de 20 anos de CLT e mais de 15 anos como Consultora, Docente e Diretora de empresa. Minha vontade era me transformar em algo que me desse leveza e flexibilidade em todos os sentidos, além de preservar o prazer em realizar e entregar resultado atuando de alguma forma na área da Informação.
Sentindo um chamado, em agosto de 2019 terminei um projeto muito bacana e fui passar 3 meses em Portugal; a minha intenção era buscar um caminho para criar raízes na Europa, comemorar meus 60 anos e realizar o sonho de viajar para Portugal.
Passeei bastante, apreciei a comida, consegui sentir um pouco da vida no país, mudei de endereço 3 vezes em 3 meses e enfrentei o desafio de estar sozinha e com pouco dinheiro aos 60 anos. Perspectivas de emprego? Quase zero!
Portugal é um país acolhedor com excelente qualidade de vida, desde que você aceite ganhar um salário mínimo (o menor da Europa) e desde que você tope fazer qualquer coisa; se você tem mais de 60 anos, a saída é ser cuidadora de pessoas idosas ou arriscar empreender.
Definitivamente, não dava para pensar em sair do zero em um emprego que não tivesse nada a ver comigo. Embora fosse possível e necessário.
um trabalho sem vínculo com minha essência, iria me deprimir, minar minha energia e me fazer perder o sentido em relação a toda a minha trajetória.
Comecei uma busca a partir de reuniões, conversas, leituras e pesquisas. A experiência e a paciência foram super válidas, mas o que teve de melhor, foi conhecer um curso de Assistente Virtual Online aqui no Brasil. Finalmente, pesquisando oportunidades, vendo cursos e navegando pelas redes sociais, encontrei algo que fez o meu coração acelerar (gosto muito de escutar o coração). O curso (2) tinha uma proposta consistente, sua estrutura era sólida e aparentava ter muito apoio por parte da instrutora. E me animou muito!
A partir de então, comecei o curso lá mesmo em Portugal, afinal, poderia ser Assistente Virtual (AV) de qualquer lugar do planeta. Em pouco tempo consegui prestar 2 serviços como AV e senti que o caminho era esse.
Após 5 meses, já de volta ao Brasil, o sonho vem se consolidando com a empresa criada e um conjunto de experiências muito variadas onde consigo resgatar minha experiência e conhecimento para resolver as necessidades de um cliente. Já atuei em projetos de pesquisa, resolvi problemas complexos de domínios na Internet, criei conteúdo em redes sociais, gerenciei conteúdos em sites, fiz trabalho de help desk, sou gestora de infoprodutos, fiz legendas e edição de vídeos para cursos online e por aí vai.
O que me faz acreditar que esse é um trabalho que veio para agregar em qualquer outra atividade, é o caráter resolutivo e sua diversidade de desafios. Se você é maduro, gosta de desafios, gosta de aprender, tem facilidade em fazer curadoria e boas escolhas, gosta de lidar com pessoas e tem o foco DO cliente, o que você está esperando para começar?
Se você quiser se aprofundar na dinâmica desse trabalho, leia o livro bestseller de Timothy Ferris que aborda a importância do Assistente Virtual: “Trabalhe 4 horas por semana” (3) que acabei lendo assim que voltei ao Brasil.
Agora, claro que nesse momento da Pandemia, estou com as mesmas necessidades básicas que todos: dinheiro, cliente, sobrevivência básica, mas tenho uma carreira, que escolhi aos 60 anos e que está crescendo na crise.
A necessidade de Assistente Virtual é uma realidade para apoiar profissionais liberais, professores, microempreendedores, empresários, executivos e empresas, ou seja, não há limites em sua atuação.
Por que decidi escrever sobre isso? Porque esse é um momento de reinvenção em todos os sentidos. Precisamos nos desapegar de velhos paradigmas e partir para uma transformação pessoal. Reinvente-se antes de reinventar seu negócio!
(2) Como ser Assistente Virtual, Camille Just.(3) “Trabalhe 4 horas por semana”, de Timothy Ferris – Ed. Planeta, 2006 (1a ed.).